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Entrevistas

Reitor destaca metas da nova gestão

 

Antônio Joaquim Bastos da Silva , em 14/03/2008.

Entrevista com o Reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz.

 











Para ouvir a entrevista realize o downlod do arquivo


Jornal da UESC
- Professor Joaquim, nesse novo mandato à frente da Universidade Estadual de Santa Cruz, quais são as suas principais metas?

Joaquim Bastos - Nesse mandato, nós esperamos concluir a estrutura de laboratórios da instituição, de modo que, pelo menos durante 10 anos, a UESC tenha não só laboratórios, como equipamentos compatíveis para desenvolver todas as suas pesquisas. Principalmente aquelas pesquisas que vão buscar resultados que possam ser usados pela sociedade.

O que o senhor considera prioritário e de execução já para este ano de 2008?

Joaquim Bastos - Em 2008, nós queremos exatamente, pelo menos, iniciar a construção dos laboratórios que, no nosso entendimento, devam ser implementados na Universidade. Então, nós estamos iniciando a construção do laboratório da pós-graduação. Pretendemos fechar também a licitação dos laboratórios para a área de tecnologia, desde quando a Universidade tem que se inserir no contexto de apoio ao Pólo de Informática de Ilhéus, e, a partir daí, iniciaremos o processo de ampliação da instituição, em termos de salas para a atividade acadêmica, em especial de aulas, tanto para os cursos de pós-graduação quanto para os cursos de graduação, porque esse tem sido um entrave ao crescimento e expansão da nossa UESC.

Existem perspectivas de novos cursos de graduação?

Joaquim Bastos - Sim. Nós temos cursos que poderiam ser iniciados se nós dispuséssemos de salas de aula. Eu acredito que, a partir de 2009, esses cursos poderão ser iniciados, até porque, esse ano esperamos também construir o complexo de salas de aula para Educação Física, bem como para Medicina Veterinária e, com isso, vai abrir uma certa liberação de salas, nos pavilhões, que permitiriam iniciarmos pelos menos dois cursos.

E quais seriam os cursos?

Joaquim Bastos - Nós temos cursos que podem ser transformados em Bacharelado, como também cursos na área de humanas, em especial do Departamento de Filosofia, que são demandas. Nós temos o curso de Psicologia, que está pendente, que já foi discutido ao longo de dois anos, e um curso na área de ciências sociais, também que pode ser ampliada, porque hoje a Universidade tem um balanceamento bem estruturado com relação a área de humanas e a área tecnológica.

A gestão compartilhada continua sendo compromisso da sua gestão?

Joaquim Bastos - Com certeza, no momento que você tem necessidade de ser gestor, integralmente, de uma instituição como a UESC, é impossível que você não tenha realmente os problemas e as ações sendo tratadas e discutidas, e, acima de tudo, avaliadas por uma equipe bem mais ampla. E o modelo da Universidade, que é um modelo binário, permite que essas discussões sejam feitas. E a nossa meta é que nos próximos quatro anos nós tenhamos a consolidação da gestão compartilhada através da relação Reitoria-Departamentos.

Como o senhor pretende ampliar essa participação da UESC no processo de desenvolvimento regional?

Joaquim Bastos - A UESC como instituição de ensino tem feito muito bem a parte acadêmica de qualificação de professores. Nós temos o Proação, temos o Proformação, além de todos os nosso cursos de graduação que, a cada ano, colocam no mercado uma quantidade razoável, algo em torno de 800 pessoas, altamente qualificadas, para o mercado de ensino. O que nós pretendemos é que a Universidade, através das suas pesquisas, via processos extensionistas, leve toda a sua produção feita nessas áreas para a sociedade. Isso é um compromisso também nosso, porque a Pró–Reitoria de Extensão, nos últimos quatro anos, atendeu aproximadamente 500 mil pessoas. Hoje, a Uesc trabalha com 45 municípios e isso pode ser ampliado, através das ações de pesquisas que estão sendo realizadas, muitas apresentando resultados altamente promissores e que podem ser transferidos em benefícios para a sociedade.

Em relação ao INPAF-Instituto Nacional de Pesquisa e Análise Fisico-Quimica, qual a sua importância para a Universidade e para o País?

Joaquim Bastos - O INPAF é um Instituto que vai colocar a UESC entre as instituições diferenciadas, a nível de Brasil. Nós sabemos que esse Instituto, através do desenvolvimento de análises físico-químicos para produtos orgânicos e inorgânicos, não só dá um status a Universidade bastante diferenciado, como, acima de tudo, vai dotar o estado da Bahia de um equipamento que solucionará muitos dos seus problemas, em especial, os problemas de exportação de produtos para os Estados Unidos e para a Comunidade Européia. Haja vista a dificuldade que a Bahia tem, em determinados momentos, para exportar carnes, peixes, enfim, produtos que precisem ser certificados em sua origem, porque a Comunidade Européia, principalmente a partir desse ano, vai ser tornar bastante exigente e seletiva na aquisição de produtos. Vocês estão acompanhando o problema da crise da carne, da pecuária, que o Brasil hoje atravessa, exatamente em função da falta de acompanhamento do controle e certificação do produto.

Haverá aporte de recursos financeiros para atender a todos esses projetos?

Joaquim Bastos - A Universidade, nos últimos quatro anos, tem tido um crescimento substancial no seu orçamento. Obviamente que são recursos ainda insuficientes para atender a todas as suas demandas. A meta nossa é que, nos próximos dez anos, a UESC venha ser a Instituição regional com maior orçamento, superando, inclusive, as prefeituras de Ilhéus e Itabuna. No momento em que a Uesc passar a ter um orçamento que seja considerado o suficiente para atender às suas necessidades, com certeza, essa Instituição vai ser um ponto de referência no estado da Bahia, na área de educação, pesquisa e extensão.

O desempenho da UESC foi recentemente elogiado pelo Secretário de Educação da Bahia e até mesmo pelo governador Jacques Wagner. Isso aumenta a responsabilidade da sua gestão?

Joaquim Bastos - Com certeza, eu acredito que a UESC, hoje, está num patamar de desenvolvimento que não tem como retroceder, apesar de ser a menor Instituição das quatro públicas estaduais e de ser a que menor orçamento dispõe. A UESC tem tido resultados bastantes diferenciados em relação às outras Instituições e isso faz com que fique comprovado a eficiência do trabalho que é desenvolvido aqui. E essa eficiência é fruto de um conjunto de fatores, onde não só o gestor, como também, o quadro de professores, o quadro de funcionários, tem se empenhado ao máximo para fazer com que a UESC atinja esse patamar. Então, como disse anteriormente, é pretensão nossa trabalharmos, estruturarmos a UESC para que nos próximos dez anos nós venhamos a ter o maior orçamento entre as Instituições da região cacaueira.
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