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1º Defesa de Tese de Doutorado da UESC

08/02/2010 atualizada em 11/02/2010 08:52

      A primeira Defesa de Tese do Doutorado em Genética e Biologia Molecular da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), da autora Sônia Cristina de Oliveira Melo, foi realizada na manhã do dia 09 de fevereiro de 2010,  no Auditório da torre administrativa da UESC, José Haroldo Castro Vieira. A tese cujo título é “Mecanismos de resistência ao estresse oxidativo do fungo Moniliophthora perniciosa foi orientada pelo Prof. Dr. Martin Brendel.

     A Banca Examinadora foi composta pelas doutoras Karina Peres Gramacho, Aline Silva e Ana Paula Uetanabaro, do Departamento de Ciências Biológicas da UESC, o doutor Antônio Vargas de Oliveira Figueira, da Universidade de São Paulo (USP), além do doutor Martin Brendel, da UESC, que presidiu a banca.



Resumo

      Um dos maiores problemas fitopatológicos do Brasil, a vassoura-de-bruxa do cacaueiro (Theobroma cacao), causada pelo Moniliophthora perniciosa, diminuiu drasticamente a produção e causou grandes prejuízos econômicos, principalmente para região sul da Bahia. Uma maior compreensão sobre a interação cacaueiro - M. perniciosa e sobre os processos que ocorrem no fungo durante a progressão da doença é necessária para estabelecer novas estratégias de controle para a doença.

      Nesse sentido, a pesquisa da Dra Sônia Cristina procurou identificar os diferentes processos moleculares relacionados aos mecanismos de resistência ao estresse oxidativo presente no fungo M. perniciosa. Os resultados indicaram que o fungo se apresenta mais resistente ao agente H2O2 quando é colocado em meio com glicerol, e mais resistente ao PAQ quando o meio está fresco/novo, o que indica que provavelmente, esses fatores atuam como reguladores nas defesas do estresse oxidativo do fungo. Esses resultados corroboram com a literatura visto que, sabidamente, o cacau infectado com hifas monocarióticas (vassoura-verde/fase biotrófica) produz glicerol e ERO, ou seja, na presença de glicerol o fungo consegue resistir as ERO produzidas pela planta.

      Segundo a Dra “seguindo este raciocínio, acredita-se que tanto o glicerol quanto as ERO estejam envolvidas na mudança de fase do fungo. Nossos resultados demonstraram que, em baixas concentrações, quando ocorrem simultaneamente, esses fatores funcionam como sinalizadores para dicariotização in vitro, o que pode ocorrer também durante a infecção in planta. Dentre os mecanismos de defesas antioxidantes do fungo, identificamos o gene MpSOD2”.

      Afirma ainda que “visando sua confirmação funcional, realizamos a expressão heteróloga do MpSod2p em mutantes sod2 S. cerevisiae e podemos especular que MpSod2p pode ter um papel geral de proteção contra a sensibilidade ao calor, assim como contra ao estresse oxidativo. As alterações fenotípicas introduzidas pela expressão heteróloga de MpSod2p em mutantes sod2Δ de levedura são um forte indício de que o gene MpSOD2 tem a mesma função biológica em M. perniciosa. Desse modo, observamos que as estratégias de sobrevivência de fitopatógenos fúngicos em hospedeiros mostram-se conservadas e os mecanismos de proteção a ERO pode ser uma das linhas principais de defesa de fungos, garantindo uma infecção bem sucedida”. Conclui a dra Sônia Cristina de Oliveira Melo.




            


 
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