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Ano Letivo na UESC

19/02/2014 atualizada em 19/02/2014 11:08

Cerca de oito mil alunos dos 33 cursos de graduação da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) iniciaram, nesta segunda-feira, dia 17 de fevereiro, as atividades letivas referentes ao primeiro semestre de 2014, conforme o calendário acadêmico vigente. A aula magna, presidida pela reitora, Adélia Pinheiro, foi apresentada pela professora Dra. Maria Isabel da Cunha, que abordou o tema "Qualidade da Educação Superior e Desenvolvimento Profissional Docente".

Falando para um auditório formado pelos três segmentos que compõe a comunidade acadêmica, a reitora destacou a trajetória da UESC e a sua contribuição para impulsionar a transformação da sociedade. Na palestra, a Dra. Maria Isabel falou sobre o desafio vivido pelas universidades em razão do cenário mundial do conhecimento e no Brasil pelas políticas de inclusão, expansão e massificação da educação superior.

Durante entrevista, a doutora explicou que essa situação resulta em desafios significativos para a universidade brasileira. "A universidade é historicamente uma instituição conservadora onde as coisas vão acontecendo à medida em que as necessidades criam a oportunidade de propulsão do novo." Para ela "é chegado o momento da universidade repensar as suas práticas e assumir uma reflexão a partir da sua própria base. Senão vai ficar sempre esperando o que vem de fora."

Para os docentes, a palestrante frisou a necessidade da revisão no processo de formação do professor universitário, especificamente o mestrado e doutorado. Atualmente essa formação privilegia fundamentalmente a pesquisa, que é um fator importantíssimo, mas não é tudo. "O professor ensina, forma pessoas e o mestrado e doutorado o conduz por outros campos e formas do conhecimento. Então, os professores, principalmente os novos, percebem o descompasso entre aquilo que ele aprende a fazer e aquilo que ele encontra quando retorna para sala de aula."

Segundo ela, "pesquisadores como eu, que trabalho com pedagogia universitária, temos tentado produzir conhecimento a respeito desse processo, porém, a falta da vontade política por parte dos órgãos de fomento e de políticas públicas para estimular os modelos avaliativos e se incorporar outras lógicas além daquelas hoje vigentes. Por outro lado, as universidades devem propor as suas políticas para não ficarem, apenas, mercê daquilo que os órgãos de avaliação impõem."

Na opinião da professora Maria Isabel, "quem educa tem que ter esperança. Educar é uma ação da esperança. Os jovens que chegam à universidade, independente das suas condições previas de conhecimento, vêem porque querem aprender, porque tem um sonho de vida. Eles merecem toda a nossa possibilidade de fazer com que sejam cidadãos capazes de progredir na sua condição vital. Esse é o nosso papel como professor. Nesse sentido, o professor precisa apostar nos trabalhos coletivos aprender uns com os outros e se afastar da idéia, predominante, do trabalho individual. Nós aprendemos uns com os outros, trocarmos experiências e estabelecermos redes de aprendizagem e de comunicação. Os iniciantes aprendem com os mais experientes. Os mais experientes devem dar mais atenção aos professores mais jovens. Aprender com o que dá certo ao invés de lamentar o que não teve sucesso", concluiu.

Durante essa semana, os novos estudantes vão participar de uma programação especial, a Calourada Acadêmica 2014.1, cujas atividades estão sob a responsabilidade do colegiado dos respectivos cursos.

 




            


 
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