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Novo Plano Nacional de Educação

06/08/2014

A Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) promoveu nos dias 04 e 05 de agosto, o Seminário sobre o Plano Nacional de Educação, configurando-se como o início do movimento de socialização e de discussão sobre as determinações e orientações do novo Plano Nacional de Educação (PNE) frente aos desafios da Educação Básica e Superior, em todas as dimensões. O evento foi realizado pelo Departamento de Ciências da Educação (DCIE), União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME) e Pró-reitoria de Graduação da UESC.

A abertura do evento ocorreu com a palestra "Plano Nacional de Educação: cenários, expectativas e desafios", proferida pelo Coordenador do Fórum Nacional de Educação e Secretário Adjunto do Ministério da Educação, Francisco das Chagas Fernandes. A segunda palestra apresentada por Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, abordou "O financiamento da educação no Plano Nacional de Educação: desafios na qualidade da educação para a próxima a década". A professora Íria Brzezinski, titular da PUC Goiás e representante da Anfope, apresentou a terceira palestra sobre "Formação de professores: currículo, modalidades e desafios do Plano Nacional de Educação".

O Seminário prosseguiu com uma Reunião Técnica com discussão sobre os desafios e o papel das Universidades no âmbito da formação de professores a partir do novo Plano Nacional de Educação. A reunião contou com representantes da Prograd, diretores de Departamentos, Gerência Acadêmica, coordenadores dos colegiados de cursos de licenciatura, coordenadores de Programas Especiais de Formação de Professores.

O PNE foi publicado na edição extra do "Diário Oficial da União" do dia 16 de junho. O documento que estabelece as estratégias das políticas de educação para o Brasil, pelos próximos dez anos foi sancionado pela presidente Dilma Rousseff, no dia 25 de junho, sem vetos à versão que foi aprovada pelo Congresso Nacional. Um dos principais pontos do plano é a ampliação do financiamento da educação pública, chegando, em até dez anos, a 10% do Produto Interno Bruto (PIB). Como estratégias para atingir essa meta, o PNE propõe garantir fontes de financiamento, entre elas os recursos da exploração de petróleo e gás natural, aumentar o acompanhamento da arrecadação do salário-educação e instituir um Custo Aluno-Qualidade, estipulando um padrão mínimo de "insumos indispensáveis ao processo de ensino-aprendizagem" e multiplicando esse valor pelo número de alunos registrados pelo Censo Escolar.

Metas - O novo PNE inclui entre as suas metas importantes: a alfabetização de todas as crianças até o fim do terceiro ano do ensino fundamental; a erradicação do analfabetismo de brasileiros com 15 anos ou mais; a inclusão de todas as crianças de quatro e cinco anos na pré-escola e o acesso à creche para, pelo menos, metade das crianças de até três anos. Há ainda o estímulo ao ensino profissionalizante de adolescentes e adultos e à formação continuada de professores.

Educação Infantil - Ter 100% das crianças de 4 e 5 anos matriculadas na pré-escola até 2016 e 50% das crianças com até três anos matriculadas em creches nos próximos dez anos.

Ensino Fundamental - Fazer com que todas as crianças de 6 a 14 anos estejam matriculadas no ensino fundamental de 9 anos, e garantir que, em um prazo de dez anos, pelo menos 95% delas concluam o fundamental na idade recomendada, e , alfabetizar todas as crianças até o fim do terceiro ano do ensino fundamental.

Ensino Médio - Atendimento escolar para 100% dos adolescentes entre 15 a 17 anos até 2016 e elevar, em até dez anos, a taxa líquida de matrículas dessa faixa etária no ensino médio para 85%. Em até dez anos, triplicar o número de matrículas na educação profissional técnica de nível médio, garantindo a qualidade; no mesmo período, aumentar em pelo menos 50% a oferta de matrículas no segmento público de educação profissional.

Ensino Superior - Elevar a taxa bruta de matrícula da educação superior para 50% da população entre 18 a 24 anos, assegurando a qualidade, e expandir as matrículas no setor público em pelo menos 40%. Garantir que, pelo menos, 75% dos professores da educação superior sejam mestres e 35%, doutores. Ampliar as matrículas na pós-graduação stricto sensu para atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores.

Educação de Jovens e Adultos - Aumentar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos, alcançando, em até dez anos, a média de 12 anos de estudo para as populações do campo e dos 25% mais pobres; além disso, igualar a escolaridade média entre negros e não-negros. Reduzir para 6,5% a taxa de analfabetismo da população maior de 15 anos até 2015 e erradicá-la em até dez anos; no mesmo período e reduzir a taxa de analfabetismo funcional pela metade.  Garantir que pelo menos 25% das matrículas da educação de jovens e adultos (EJA) seja integrada à educação profissional.

Qualidade e Inclusão - Oferecer educação em tempo integral para pelo menos 25% dos alunos do ensino básico em pelo menos 50% das escolas públicas. Fomentar a qualidade da educação, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, para atingir, em 2021, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 6,0 nos anos iniciais do fundamental, de 5,5 nos anos finais do fundamental e de 5,2 no ensino médio. Garantir que todas as crianças e adolescentes de 4 a 17 anos com necessidades especiais tenham acesso à educação básica com atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino.

Professores - Criar, em até um ano, uma política nacional de formação de professores para assegurar que todos os professores da educação básica possuam curso de licenciatura de nível superior na área de conhecimento em que atuam. Formar, em até dez anos, 50% dos professores da educação básica em nível de pós-graduação, e garantir que 100% dos professores tenham curso de formação continuada. Equiparar, em até seis anos, os salários dos professores das redes públicas de educação básica ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente. Criar, em até dois anos, planos de carreira para os professores do ensino básico e superior das redes públicas, tomando como base o piso salarial nacional.

Investimento - Em até dois anos, dar condições para a efetivação da gestão democrática da educação, com critérios de mérito e desempenho e consulta pública à comunidade escolar.  Atingir, em até dez anos, o investimento equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação pública.




            


 
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