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O PROCIMM reforça combate ao coronavírus no Sul da Bahia

20/04/2020

Criado desde 2010, o Programa de Pós-Graduação em Ciência, Inovação e Modelagem em Materiais da Universidade Estadual de Santa Cruz (PROCIMM/UESC) visa desenvolver, em suas várias linhas de pesquisa, projetos que retornem para a sociedade recursos, materiais e técnicas com processos de produção simplificados e de baixo custo, com o foco no desenvolvimento regional sustentável, promovendo soluções para as demandas técnicas e sociais do Sul da Bahia.

Uma das atuais linhas de pesquisa disponíveis no programa envolve a tecnologia de Manufatura Aditiva (MA) utilizando o processo de Modelagem por Fusão e Deposição (FDM) através da impressão 3D, abarcando desde a elaboração do projeto mecânico em ambiente tridimensional (Software CAD), a conversão para linguagem de impressão (STL), o fatiamento das camadas de impressão (slicing), a impressão dos protótipos, e por fim, os processos de acabamento e finalização do produto.

Para esta linha, o programa conta atualmente com dois discentes, o Eng. Mec. Kevin Vivas e a Eng. de Prod. Jennifer Penna, já em etapa final da dissertação de suas pesquisas que envolvem o desenvolvimento e avaliação de novos filamentos de compósitos para a utilização na MA através de impressão 3D. Estes filamentos compósitos são utilizados nas impressoras 3D localizadas tanto no Laboratório de Projetos Mecânicos e Tribologia (LAPMET/UESC) quanto no Laboratório de Automação presente no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em informática e Eletrônica de Ilhéus (CEPEDI), em parceria institucional.

Os filamentos de compósitos desenvolvidos são tanto caracterizados do ponto de vista morfológico e químico (MEV-EDS, DRX, TG, DSC e FTIR), como também do ponto de vista mecânico e tribológico. Testes posteriores de biodegradabilidade e análises de viabilidade técnica-científica-financeira destes materiais também são realizados para complementar o perfil de analisado. Salienta-se que as caracterizações e demais ensaios são realizados nos laboratórios presentes na própria UESC, como o Laboratório de Materiais e Meio Ambiente (LAMMA), o Laboratório de Pesquisa e Inovação de Materiais Avançados (LAPIMA), o Centro de Microscopia Eletrônica (CME) e o Centro de Pesquisas em Ciências e Tecnologias das Radiações (CPqCTR), estando todos inter-relacionados ao PROCIMM.

Diante do cenário atual que estamos enfrentando, a escassez de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) para os profissionais que estão lidando na frente de combate ao novo coronavírus é cada vez maior e preocupante. A busca de novos materiais, ferramentas e equipamentos atrelada a criatividade e conhecimento técnico-científico formam o alicerce essencial para minimizar os impactos dessa pandemia.

Assim, o PROCIMM, em sua atuação social e regional, tem viabilizado a produção diária de 40 máscaras de proteção facial (Modelo Face Shield 3D) no Laboratório de Automação do CEPEDI com material fornecido pelo programa e pelo Grupo de Pesquisa em Ensino e Aprendizagem da Matemática em Ambiente Computacional (GPEMAC).

De igual forma, a parceria com o grupo de pesquisa do LAPMET/UESC, viabiliza-se a produção diária de 10 bases para as máscaras de proteção facial (Modelo Face Shield). O grupo de pesquisa também tem trabalhado no projeto mecânico dos acessórios para máscaras de proteção facial denominados de ear guards que devem começar a ser manufaturados por impressora 3D a partir do dia 20 de abril. Por fim, está em fase de desenvolvimento o projeto de ventiladores mecânicos de baixo custo utilizando a manufatura por impressão 3D, sendo que os primeiros protótipos para teste devem ficar prontos no final do mês de abril de 2020.

Os EPIs e acessórios têm sido produzidos utilizando os dois filamentos mais empregados comercialmente para a impressão 3D: o ABS (Acrilonitrila Butadieno Estireno) e o PLA (Poliácido Láctico). O ABS é um filamento derivado do petróleo, reciclável, que apresenta alta resistência e elevada durabilidade, resistindo a temperaturas próximas de 80 °C. Já o PLA, apesar de ter resistência mecânica inferior ao ABS, possui o grande diferencial de ser biodegradável, uma vez que é de origem vegetal. Ambos os filamentos permitem a higienização com água e sabão após a sua utilização.

Destaca-se que todos os equipamentos produzidos serão doados à Rede Pública de Saúde do Estado da Bahia para uso e auxílio à região de impacto de nossa universidade.


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