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Cacauicultores se reunirão na Universidade

20/09/2007

    Cerca de mil produtores estão sendo esperados na segunda reunião dos cacauicultores, a ser realizada na próxima segunda-feira, dia 24 de setembro, no auditório do Centro de Arte e Cultura da Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC. Na pauta, as questões relacionadas às dívidas da cacauicultura, ações judiciais e ações políticas. O evento é uma iniciativa da Lista do Cacau e do Sindicato Rural de Ilhéus, com o apoio de Extensão do Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais, através do núcleo UESC-Rural.

      A dívida - Segundo o coordenador da reunião, professor doutor Célio Kersul do Sacramento, a dívida questionada pelos cacauicultores se refere aos empréstimos tomados para realização das etapas recomendadas pela CEPLAC para o combate à vassoura-de-bruxa. Essas recomendações, além de não lograrem êxito, causaram redução da produção e deixaram os produtores ainda mais endividados. As etapas recomendadas consistiram em rebaixamento da copa do cacaueiro, onde 80 por cento dos empréstimos foram para aquisição de insumos (adubos e fungicidas) atrelados a 20 por cento de recursos para mão de obra. Entretanto, a maioria dos produtores não tinha recursos financeiros para renovar os pulverizadores e nem para mão de obra para executar o manejo.
 
         Na segunda etapa de rebaixamento, foram liberados 50 por cento para insumos e 50 por cento para mão de obra. Os recursos só eram liberados com a fiscalização conjunta da CEPLAC e das instituições bancárias. Na 3ª e 4ª etapas foram liberados recursos para a clonagem dos cacaueiros. Esses recursos foram liberados somente para a execução da enxertia, quando deveria haver também dinheiro para compra de insumos. Acreditava-se que com o adensamento e clonagem poderia ser atingida uma produtividade de 150 arrobas por hectare. Porém, os clones distribuídos pela CEPLAC não apresentaram a tolerância esperada e a maioria foi atacada pela vassoura-de-bruxa em níveis variados, causando mais prejuízos aos produtores.

       O professor explica que atualmente os produtores estão endividados, descapitalizados e sem perspectivas de controle da vassoura de bruxa. “Sentem-se enganados e, portanto, sem condições de pagar a dívida referente à aplicação de manejo mal recomendado por uma entidade oficial. Muitos produtores inadimplentes estão impedidos de fazer qualquer negócio nos bancos por estarem com os seus nomes em órgãos como o CADIN, SERASA e SPC.
 
Programa - A reunião será aberta pelo presidente do Sindicato Rural de Ilhéus, Isidoro Gesteira, que vai fazer um histórico da dívida dos cacauicultores. Em seguida, os advogados Carlos Amado (CPP Assessoria Jurídica & Consultoria), Eduardo Costa (do Sindicato Rural de Ilhéus) e Fernanda Viana Lima (UESC/DCJUR) farão palestras sobre as ações relativas às dívidas do cacau. O membro da Câmara Setorial do Cacau Fernando Botelho dará informações sobre o andamento do PAC Cacau.




            


 
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