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Pesquisadores da Uesc utilizam racionalmente microrganismos que degradam petróleo

07/11/2019 atualizada em 07/11/2019 15:28 - Assinado pela ASCOM

Há 17 anos, os microrganismos degradadores são alimentados com borra oleosa de petróleo em um sistema denominado de biorreator de batelada alimentada de escala laboratorial por pesquisadores da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). As pesquisas se desenvolvem no laboratório de Biotecnologia de Microrganismos da instituição.

A pesquisa foi iniciada em 2002, e tinha por objetivo recuperar áreas degradadas do solo contaminadas por resíduos oleosos, tais como rejeitos de petróleo, resultantes principalmente de acidentes.

Os microrganismos, coletados em uma amostra de solo da Landfarm da Refinaria Landulfo Alves, foram isolados e cultivados em petróleo como única fonte de carbono. Dos 60 isolados e selecionados para crescimento à base de petróleo, sete demonstraram atividades de surfactantes pela metodologia de colapso de gotas sobre vários tipos de óleos (Surfactantes, também chamados de tensoativos ou emulsificantes, são substâncias que atuam diminuindo a tensão superficial entre dois líquidos).

“O monstro”, como é chamado pelos professores/pesquisadores Rachel Passos Rezende; Bianca Mendes Maciel, João Carlos Dias e Leandro Lopes Loguercio que iniciaram a pesquisa há 17 anos, está mantido em um biorreator de batelada alimentada. Hoje as pesquisas continuam, no mesmo laboratório por uma equipe multidisciplinar, formada além dos primeiros, pelos professores Carla Cristina Romano, Eric de Lima Silva Marques e Ivon P. Lobo, juntamente como os estudantes: João Torquato, Augusto Lázaro e Maria Clara Bessa. 

Segundo a professora Rachel Rezende, “como nenhuma espécie microbiana é capaz de degradar sozinha todos os componentes do petróleo, neste sistema ocorre a seleção de um conjunto de diferentes cepas e espécies que trabalham em consórcio no processo de degradação e produção de compostos tensoativos utilizados na biorremediação, com o propósito de eliminar ou minimizar o prejuízo causado pelo petróleo e seus derivados no ambiente.”

“Dentre os compostos produzidos por esses microrganismos estão os biossurfactantes. Estes são utilizados na recuperação avançada de petróleo, na limpeza de tanques, na limpeza de fauna oleada, na dispersão de manchas de óleo, na biorremediação de ambientes contaminados com compostos hidrofóbicos e em diversos outros campos,” afirma Dra Rachel.

“Comparativamente aos surfactantes químicos, os biossurfactantes apresentam maior nível de aceitação em decorrência de sua maior biodegradabilidade e ausência de toxicidade para o ambiente. A biorremediação permite recuperar os locais contaminados pelo óleo, através da estimulação dos microrganismos naturais que possuem capacidade degradativa, transformando o poluente em compostos menos tóxicos,” explica.

Apesar do esforço, os pesquisadores, ainda não sabem precisar quais a reação e consequências dos microrganismos em ambiente marinho numa eventual ação para degradar o óleo que invade as praias do Nordeste brasileiro.

Mas, para produção laboratorial em série dos microrganimos, são necessários investimentos tais como: um biorreator para batelada alimentada (Quimostato), a manutenção do Cromatógrafo (conserto de válvulas e compra de gases), coluna para GC, sais para meios de cultura, padrões para Cromatografia e  capela de fluxo laminar.  




            


 
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