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Estudo revela que filtros de extinção mediam os efeitos globais da fragmentação de habitat

12/12/2019 - Assinado pela ASCOM

De acordo com último relatório “SOS Mata Atlântica” o Sul da Bahia é o campeão no desmatamento do bioma, mas as florestas que restam, mesmo dentro da Mata Atlântica, são consideradas grande centro de espécies endêmicas e ameaçadas. As informações constam no trabalho Extinction filters mediate the global effects of habitat fragmentation on animals (Filtros de extinção mediam os efeitos globais da fragmentação de habitat em animais) do qual participa a profa/Dra Deborah Faria, do Laboratório de Ecologia de Conservação Aplicada, Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Biodiversidade da  Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC).

O artigo, publicado na revista Science, foi repercutido pelo jornal Folha de São Paulo, em seu caderno Ambiente de 8/12/2019, com o título “Florestas como as do Brasil têm mais animais vulneráveis à ação humana.” A professora Deborah Faria (UESC) e o Dr. José Carlos Morante-Filho, do Departamento de Ciências Biológicas, da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) analisaram se a resposta das espécies à fragmentação do habitat poderia ser influenciada pela exposição histórica destas comunidades a distúrbios frequentes.

“Usando um conjunto de dados global de 4489 espécies animais, mostramos que regiões com baixo histórico de incêndios, desmatamento, glaciação e furacões abrigam cerca de três vezes mais espécies sensíveis à fragmentação do que aquelas regiões que evoluíram sob tais distúrbios. Em particular, o número de espécies sensíveis aumentou seis vezes em direção a baixas latitudes. Portanto, as ações para evitar a fragmentação do habitat, como a formação de bordas, são particularmente importante nas florestas tropicais,” explica a professora.

Segundo ela “no caso da Mata Atlântica, restam menos de 20% do que havia originalmente, e a maioria dos remanescentes é pequeno (menos de 10 hectares) e distante um do outro. Isso inclui, por exemplo, as florestas que restam no sul da Bahia, que até mesmo dentro da Mata Atlântica é considerado um grande centro de espécies endêmicas e ameaçadas. No entanto, é exatamente o sul da Bahia o campeão de desmatamento do bioma,  segundo o último relatório do SOS Mata Atlântica.”

Portento as florestas menos afetadas por desastres naturais e pela ação humana ao longo de milênios de evolução podem ter se transformado, paradoxalmente, nas que mais concentram espécies vulneráveis à destruição atual. Tais florestas se concentram nos trópicos e incluem a Mata Atlântica e a Amazônia.

A informação não é boa para a Mata Atlântica. A maior parte do que restou do bioma está restrito a fragmentos florestais pequenos e para evitar uma destruição rápida da biodiversidade desse e de outros biomas, será preciso investir em corredores ecológicos que conectem os fragmentos entre si, por exemplo.




            


 
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