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UESC abre seu acervo de répteis e anfíbios para toda comunidade

02/03/2020 atualizada em 02/03/2020 15:37 - Assinado pela ASCOM

Um Atlas de cobras brasileiras, com mapas de localização pontual, foi publicado pela Sociedade Brasileira de Herpetologia,em 17 de janeiro deste ano, no South American Journal of Herpetology. A publicação está no site https://bioone.org/journals/South-American-Journal-of-Herpetology, da editora BioOne Complete, um banco de dados aberto às ciências biológicas, ecológicas e ambientais que fornece às bibliotecas acesso a pesquisas de alta qualidade com curadoria e editores independentes.

A inclusão das espécies registradas no Sul da Bahia ocorreu graças ao trabalho do professor/Dr. Antônio Jorge Suzart Argôlo, do Departamento de Ciências Biológicas (DCB) da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Ele é o segundo autor do trabalho de pesquisa.

A publicação apresenta mapas precisos e detalhados de distribuição de espécies, que são instrumentos fundamentais, para documentar e interpretar a diversidade biológica. Os autores destacam que no caso das cobras, um grupo ecologicamente diversificado de répteis, permanecem escassos os dados e sínteses sobre padrões de distribuição.

Essa é a primeira coleção abrangente de mapas detalhados, baseados em dados comprovados, como a localidade de pontos e de intervalo para todas as cobras brasileiras descritas e documentadas, com o principal objetivo de mitigar o déficit Wallaceano (incertezas sobre onde as espécies ocorrem. Alfred R. Wallace é considerado pai da zoogeografia) e como uma contribuição para uma melhor compreensão desta rica e ameaçada fauna, diversa e pouco estudada.

Estão registradas 412 espécies de cobras no Brasil com base em uma localidade pontual extensa e verificada em banco de dados de 163.498 entradas e 75.681 registros exclusivos disponíveis no Atlas.

“Nossos resultados revelam anteriormente, padrões não documentados de distribuição, esforço de amostragem, riqueza e níveis de endemismo, resultando em uma visão mais objetiva da diversidade de cobras nos neotrópicos. Além dessas realizações, entendemos que a contribuição mais relevante e duradoura do Atlas é estimular os pesquisadores a publicar correções, acréscimos e novas descobertas,” detalha o professor Argôlo.

A Coleção da UESC

O professor Antônio Argôlo é curador do maior acervo herpetológico de caráter regional abrigado numa instituição da região Nordeste do país, mais precisamente no DCB da UESC. O acervo foi incialmente formado na Ceplac, onde Argôlo trabalhou por mais de 20 anos. Posteriormente, a Ceplac doou o acervo para a UESC, compondo, com aquele formado na própria UESC, a atual coleção herpetológica da instituição. São mais de 20 mil exemplares de serpentes, além de cerca de dez mil exemplares de outros répteis, além de anfíbios (sapos, rãs e pererecas).

“O acervo da UESC compõe a maior coleção regional de serpentes em todo o Nordeste brasileiro e uma das maiores em todo o país. São diversas espécies de serpentes, dentre elas a surucucu-pico-de-jaca (Lachesis muta), o maior viperídeo do mundo; a ouricana (Bothrops bilineatus), uma jararaca arborícola de cor verde, e a jaracuçu-tapete (Bothrops pirajaií), uma jararaca endêmica do sul da Bahia e ameaçada de extinção, dentre várias outras”, informa Antônio Argôlo.

“O nosso acervo é o principal testemunho da fauna de anfíbios e répteis que vivem em uma das mais importantes regiões da Mata Atlântica sob o aspecto biológico. Essa coleção está acessível à comunidade científica para consulta in loco e, agora, através dos endereços: https://bioone.org/journals/South-American-Journal-of-Herpetology e http://www.uesc.br/colecoes_cientificas/index.php?item=conteudo_colecoes_cientificas.php,. conclui o professor Argolo.”




            


 
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