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Setembro: Mês de Conscientização sobre o Alzheimer

13/09/2016

É indiscutível que o envelhecimento humano se constitui em uma significativa conquista, mas, não se tem dúvidas de que também é um desafio que afeta toda a sociedade, porque a longevidade pode trazer uma série de problemas de saúde, em especial as de ordem crônico-degenerativas, criando demandas importantes por serviços socioambientais.

Dentre esses problemas, o destaque é para as demências, síndromes que afetam diretamente o cérebro, deterioram progressivamente os processos do pensamento, diminuindo as funções intelectuais até interferir na capacidade do individuo para realizar suas atividades diárias mais básicas. As demências, que não fazem parte do processo natural do envelhecimento, nem é sinônimo de loucura ou de caduquice, abrangem grande número de doenças e distúrbios diferentes, decorrentes de infecções ou transtornos metabólicos, de lesões cerebrovasculares (derrames ou microderrames) e morte acelerada de neurônios. Algumas delas podem ser reversíveis, outras não, como as doenças de Huntington, de Parkinson e de Alzheimer (DA). Esta é a mais frequente entre o segmento idoso da população, cuja progressão afeta a habilidade para lembrar, raciocinar e comunicar-se, repercutindo de modo significativo a sua conduta e negativamente a sua funcionalidade. Sua causa ainda é desconhecida, seu curso é lento e (até o momento) irreversível, e a duração média dos sintomas e comprometimentos, a partir o diagnóstico, pode variar entre oito e 20 anos. Alguns fatores de risco merecem atenção, como hereditariedade de certos genes, colesterol alto, depressão, obesidade, hipertensão arterial, alterações de humor, traumatismos cranioencefálicos, parentes de primeiro grau de pessoas que apresentem Síndrome de Down.

O diagnóstico deve ser feito por especialistas da área neurológica e inclui testes cognitivos (avaliação do estado mental, avaliação psicológica), análises laboratoriais e de imagens (tomografia axial computadorizada, exame eletroencefalográfico), exame neurológico, além do histórico clínico. Não há tratamento, preventivo ou curativo, mas fármacos que controlam os sintomas mais incômodos, que devem associar-se à terapias de estimulação cognitiva, dieta rica em nutrientes, atividade física e ambiente agradável, segurança e afeto, para minimizar a celeridade do seu avanço.

Especificamente acerca de condutas não farmacológicas para o acompanhamento de pessoas com DA, periódicos importantes ao redor do mundo, como a Trials, a PLOS ONE e a Clinical Rehabilitation, trazem resultados de pesquisas correlacionando a prática de exercícios físicos supervisionados de leve a moderada intensidade à DA em estágio inicial, demonstrando desfechos positivos em marcadores funcionais importantes, como equilíbrio e marcha, além de melhor controle sobre alguns parâmetros cognitivos nesses indivíduos. Exatamente por não se conhecer as causas, o diagnóstico deve ser precocemente realizado, não só como estratégia para melhorar a qualidade de vida da pessoa em situação demencial, mas também da sua família.

Matheus Silva d’Alencar 
Raimunda Silva d’ Alencar 




            


 
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