APRESENTAÇÃO

 

            A modernização das cidades condicionou um processo de destruição do patrimônio histórico-cultural, levado a cabo pela ação humana e legitimado, muitas vezes, por conceitos de progressos e desenvolvimento que tendem a excluir a fruição cultural das comunidades.

            Este processo tem afligido sobremodo os povoados e vilas que surgem inopinadamente, crescem em processo acelerado e, rapidamente, tornam-se cidades para em seguida transmudarem-se em pólos regionais, a exemplo de Itabuna.

            A cidade foi expandindo o seu corpo, a início tortuoso, de casas de tetos de zinco em ruas de areia fina que margeavam o rio para mais tarde tornar-se o concreto e argamassa e espraiar-se ao longo do rio Cachoeira, galgando colinas, avançando, abrindo espaço através dos campos que a circundam.

            Já vai longe o tempo que se podia ouvir o tilintar sonoro do peitoral festivo das madrinhas das tropas, estimuladas pelo estalar agressivo do chicote, o apito estridente do trem que convocava aqueles que partiam para Mutuns ou Ilhéus ou ainda a rouca buzina das marinetes pertencentes à Viação Sul Baiana que desbravavam as estradas lamacentas das terras do cacau.

            Os anos passaram depressa… O roncar estridente dos carros, ônibus, motos e caminhões, as buzinas insistentes, os agudos apitos à disciplinar o congestionado vai e vem, sons intermitentes dos anúncios, rádios e televisões enchem o espaço e violentam o silêncio das coisas. Por toda parte o agitar constante, o comércio trepidante, a circulação de riquezas. Há pressa de crescer, de somar prosperidade.

            O frêmito de modernização percorre a sociedade itabunense, fazendo-a esquecer os traços definidores de sua identidade. Aos poucos seu patrimônio histórico-cultural vai sendo dilapidado, a estandardização de valores gerados pela massificação e globalização substituiu as particularidades locais.

            Algumas poucas vozes levantam em espasmos longínquos a bandeira do preservacionismo. Mas, defender patrimônio é, antes de tudo, conhece-lo. E conhecer o patrimônio implica conhecer o percurso histórico em que ele se enquadra e fora do qual perde todo o significado.

            A história é este fio que busca fundamentalmente compreender e viver o presente, através da observação do passado, permitindo-nos encontrar formas corretas de movimentar-nos no espaço e no tempo em que vivemos.

            Não há dúvida de que as realidades patrimoniais são instrumentos preciosos para o estabelecimento do diálogo com o passado. Elas se impõem pela intensidade de sua presença concreta, colocam-nos em comunicação direta com o passado.

            Qualquer racionalização do passado é  codificada por um sistema de referências dependentes da interceptação de vários discursos sobre as realidades vividas pelos nossos antepassados. Ora, o patrimônio assume o papel relevante e insubstituível enquanto referencial observável que permite obter respostas para muitas questões relativas às sociedades que nos procederam, permitem ao indivíduo confrontar-se com as realidades pretéritas e encontrar pistas para a compreensão do seu próprio tempo.

            Onde estão estes referenciais em nossa cidade? O que foi feito dos nossos marcos identificadores?

            Antes de prosseguir, seria interessante lembrar que a UNESCO tipifica os bens patrimoniais imóveis em: monumentos, conjuntos e sítios. Por monumentos entende-se não só as obras de arquitetura e composições importantes, mas também criações mais modestas, notáveis pelo seu interesse histórico, arqueológico, artístico, científico, técnico ou social, incluindo instalações e elementos decorativos que delas fazem parte, bem como obras de escultura ou pintura monumental.

            Os conjuntos são definidos como agrupamentos arquitetônicos, urbanos ou rurais, de suficiente coesão, de modo a poderem ser delimitados geograficamente, e notáveis, simultaneamente, pela sua unidade ou integração na paisagem pelo interesse histórico, arqueológico, artístico, científico, técnico ou social. Quanto aos sítios, são obras do homem e da natureza, espaços suficientemente característicos e homogêneos, e igualmente notáveis pelo seu interesse quer histórico, arqueológico, artístico-científico, quer social.

            O lato conceito de patrimônio legalmente consagrado está, portanto, muito longe da tradicional idéia de que só os grandes monumentos têm significado histórico. É hoje possível e desejável integrar no patrimônio cultural não apenas os produtos da cultura erudita, mas também a herança cultural popular, traduzida em inúmeras manifestações e objetos com que, cotidianamente, nos deparamos.

            Pensando como a UNESCO, resta-nos ainda muita coisa a preservar e defender. É tempo de repensar Itabuna e este refletir passa antes de mais nada pela educação, pela sensibilização das jovens gerações, tornando-os cidadãos conscientes de sua identidade e defensores da memória coletiva regional.

            Diante desta constatação e compreensão a Universidade Estadual de Santa Cruz não pode omitir-se na busca das raízes, da concepção e das formas de expressão da comunidade que a construiu e constrói e vem desenvolvendo o Projeto Levantamento do Patrimônio Histórico-Cultural da Área de Inserção da Universidade Estadual de Santa Cruz do qual apresentamos o relatório referente aos estudos desenvolvidos na cidade de Itabuna.

 

 

 

A Equipe

 

Aurélio Farias de Macedo

Janete Ruiz de Macedo

João Cordeiro de Andrade – bolsista PIBIC/CNPq  

             

Estado: Bahia

Município: Itabuna

Distrito: Itabuna

Endereço: Avenida Itajuípe, 486 – Santo Antônio

 

 

Denominação:

SEDAN/IMP/OLDSMOBILE

 

Identificação:

 

Utilização atual: carro de passeio

Marca/Modelo: IMP/OLDSMOBILE 1926

Certificado de Registro e Licenciamento de veículo nº. 4129366210

Placa: IME 2527

Código Benavam: 222805706

Chassi: 2940863

Combustível: gasolina

Espécie/Tipo: PAS/Automóvel (SEDAN)

Ano fabricação: 1926

Ano modelo: 1926

CP/PORT./CIL: 005P/0750U

Categoria: Particular

Cor atual: vermelho royal com pára-lama preto

Vencimento cota única: isento

Faixa: (IPUA – 110299)

Motor: Chevrolet F12933    Série 394086 – 3

 

 

Utilização Atual: Carro de passeio particular

 

 

Descrição: a estrutura do veículo é toda de madeira, yteto coberto de chapa galvanizada, não apresentando qualquer sinal de ferrugem, o que denota a ótima qualidade e o preparo técnico utilizado.

     As jantes originais eram de madeira e as bitolas da jante aro 21, sendo substituídas por jantes de ferro raiada. A sua cor atual é vermelho Royal com pára-lama preto. Os estribos de ferro de cada lado, pára-brisa e visor em vidro, substituindo os originais em micca. As cadeiras acolchoadas de naapa escura dão o acabamento ao veículo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Estado de Conservação:

Estrutura                       (B)                                                       Bom                 (B)

Cobertura                     (B)                                                       Regular             (R)

Interior                         (B)                                                       Péssimo            (P)

Portas e Janelas            (B)

 

Dados Históricos: No final da década de 1920, há 72 anos atrás, um grande caixote desembarcava no antigo porto da vizinha cidade de Ilhéus, procedente da Capital Federal, que será posteriormente transportado para a cidade de Itabuna.

Endereçado ao Intendente do Município de Itabuna, o Cel. Henrique Alves dos Reis, um dos pioneiros da saga do cacau, foi o caixote aberto e lá estava um veículo que ele tinha comprado.

Por dezenove ou vinte anos, este veículo ficou sendo propriedade do Cel.Henrique Alves dos Reis, sendo uma das atrações da cidade. Participava das efemérides locais (cívicas, sociais, religiosas e políticas), bem como no transporte para os eventos mais importantes, da família do Coronel.

Em 1945, ano do término da 2a Grande Guerra Mundial, este veículo mudou de dono. O Cel. Henrique Alves dos Reis, presenteou-o a um amigo que era residente e domiciliado em um Distrito de Itabuna conhecida como Feirinha do Macuco, hoje Buerarema, o Cel. José Francisco Sales. Por morte deste, o automóvel foi herdado pelo Sr. Magnobaldo Sales, ficando em seu poder até 1967.

Em 1965, Newton Ferreira Ramos teve conhecimento da existência deste veículo, que estava encostado a mais de duas décadas em uma fazenda, encantou-se do mesmo e comprou-o.

Todavia, não foi tão fácil adquirí-lo. Esse veículo tem uma longa história em termos de legalização com bem móvel. O carro não tinha categoria nem documentação. Para conseguir este intento, foi necessário encaminhar ao DETRAN (Departamento de Trânsito do Estado da Bahia), em Salvador, um recibo da compra do automóvel que foi publicado no Diário Oficial do Estado. Trinta dias depois, foi posto em leilão (pró-forma), onde Newton Ramos o arrematou com o objetivo de conseguir a documentação do mesmo (DUT), de acordo com a Lei Federal, que o isento da TR (Taxa Rodoviária).

Vale à pena salientar que para retirar o veículo da fazenda do Sr. Magnobaldo Sales, tiveram que derrubar mais ou menos dez cacaueiros, removendo-o de cima de um estrado com cavaletes de trilhos de ferro. Depois, colocaram-no em cima de um caminhão F-350 e o trouxeram para Itabuna, isto em 1967.

Com o carro totalmente restaurado, o “Pimentão”, como passou a ser conhecido (devido sua cor original: verde com os pára-lamas pretos), começou a circular Itabuna, depois nas cidades vizinhas, indo até ao Santuário de Bom Jesus da Lapa, a Porto Seguro e a Salvador.

Assim, “Pimentão” voltou a ser uma atração em toda a região e, novamente, era sempre solicitado para participar das atividades mais relevantes da cidade.

Quando algum colégio ou instituição local promove alguma gincana, o “Pimentão” e solicitado e nos casamentos de pessoas da sociedade local como em 25/02/78, a Senhorita Maria do Carmo Murti de Aquino e o seu noivo, José Manuel Novais de Aquino e a 28/09/91, casamento da Senhorita Geórgia Monteiro Vello e Sérgio Soares Vello.

Quando foi inaugurada a Br - 101 em Porto Seguro, “Pimentão” participou não só na região como o Estado da Bahia tanto que foi notícia em vários jornais locais, do Estado da Bahia e de âmbito nacional, tais como: (Tribuna do Cacau/69, Diário de Itabuna/71, Jornal de Bar/91), Itabuna; diário de Notícias/72, A Tarde/78 - salvador; e a Folha de São Paulo/96. São Paulo.

No Estado da Bahia participou das seguintes gincanas:

 

1) Primeira Gincana de Carros antigos, patrocinada pela TV Aratu, canal 4 em 1981 - Salvador/Ba, sendo agraciado com um troféu por ser o carro mais antigo e bem conservado.

2) 1ª corrida de Calhambeques de Itabuna - 1996, patrocinada pela DISBAVE/NESTLÉ.

3) 1º Desfile de Carros Antigos - 1996

4) Participação da Inauguração do Centro Histórico de Porto Seguro, e da Br-101 em 07/09/72. Ocasião da Independência do Brasil.

Restaurações: Em 1969, 1ª restauração do OLDSMOBILE, com os seguintes mecânicos Srs. Acrísio Dantas e Orlando Cerqueira e contando com a participação do atual proprietário o Sr. Newton Ferreira Ramos nos finais de semanas e feriados.

_A estrutura do veículo que era toda de madeira e estava uma parte deteriorada, foi

reconstruída por um marceneiro da SULBA, conhecido como Sr. Graciliano.

_Posteriormente, deu-se o início a parte mecânica e elétrica do veículo, colocando para funcionar precariamente.

_A seguir, deu-se o inicio ao processo de aperfeiçoamento da estrutura do funcionamento do veículo;

_Concluindo, com os retoques finais e acabamento:

_Pintura

_Chaparia Acolchoamento

_Substituição da MICCA para vidros (.... e frente)

 

_em 1982, restaurou toda a lataria e a pintura original;

 

Em 1987, unia nova restauração nos serviços de mecânica, ou seja, o motor foi toso restaurado;

_O Sistema de Freio foi radicalmente modificado e aperfeiçoado;

_A pintura foi alterada para vermelho e preto.

 

Características especiais: Este automóvel destaca-se por era um tipo raro, modelo IMP/OLDSMOBILE, criação da década de 1920, construído artesanalmente, estilo antigo, com uma estrutura sólida que, para a época que foi construído eram velozes, muito usado pela polícia Italiana, que segundo declaração do proprietário, o Sr. Newton Ferreira Ramos, AL CAPONI usava freqüentemente um veículo da mesma marca em suas ações.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fachada Principal:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Ambiência:

 

 

 

 

 

 

Interior:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Detalhes que mereçam relevância:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

Laterais:

 

 

 

 

 

Dados jurídicos:

Propriedade:                         Pública ( )

                                             Privada (X)

 

Proprietário: Newton Ferreira Ramos

Bibliografia Básica

 

1. Depoentes:

 

_Newton Ferreira Ramos (Proprietário atual)

_Jornal “DIARIO DE NOTÍCIAS” de 08/08/72 - Salvador - Bahia

_Jornal “A TARDE” - 31/05/87 - Salvador -Bahia

_Jornal “FOLHA DE SÃO PAULO” 04/08/96 - São Paulo

_Jornal “AGORA” - Itabuna - Bahia 28/07/93.

 

Obs.: Anexar negativo das fotos

 

 

 

 

 


 

Estado: Bahia

Município: Itabuna

Distrito: Itabuna

Endereço: Av. do Cinqüentenário, 500 centro Itabuna- Bahia.

Denominação: Edifício Comendador José Firmino Alves.

Cadastro Imobiliário n0 0162 - Prefeitura Municipal de Itabuna

Informações Especiais: Área construída de 176, 21 m2, limita-se pela sua lateral direita à Praça Otaciana Pinto e pela sua lateral esquerda com o Ed. José Gonçalo Pinto de Mendonça, e parte dos fundos, à sua frente pela Av. Cinqüentenário e pelos fundos, uma parte casa comercial “A Atrativa”.

Informações Gerais:

 

Utilização Atual: Comercial

Área Construída: 176,21 m2

Estrutura: Este edifício possui a parte térrea, uma sobreloja e mais três andares. São dezoito salas de mini-apartamento localizado no primeiro piso. As salas (sete em cada andar) foram vendidas a diversos locatários onde funcionam escritórios de advocacia, contabilidade, consultórios médicos e odontológicos.

Descrição da Construção: Construído nos anos de 1950-1951, o imóvel mede 26,30 m de frente e de fundos, e as suas laterais medem 6,70 m, perfazendo um total de 176,21 m2 de área construída em terrenos próprios, e composto por quatro, com base de alvenaria, lajes (4) em cimento armado (concreto), paredes de tijolos, cimento, areia fina e de barranco. O acabamento externo apresenta os seguintes constituintes: óleo, pastilha, madeira, massa plástica, azulejos, cerâmicas, cimento. Os componentes utilizados internamente foram: azulejos, cerâmicas, cimentos, lajes, tacos, carpetes etc.

As esquadrias do edifício são constituídas de ferro, alumínio e vidro. Quanto ao piso dos corredores internos, é constituído de uma laje maciça revestido de cimento e com o acabamento de cerâmica, nas salas é revestido de tacos e em outra em carpete. Em cada andar existem instalações sanitárias tendo piso em cerâmicas e as paredes revestidas de azulejo branco.

No que tange aos serviços públicos, o Edifício é constituído de serviços de água/esgotos, energia elétrica, tendo a sua coleta de lixo diária, dando um aspecto de asseio e conservação ao prédio.

Estado de Conservação:

Estrutura                       (B)                                                       Bom                 (B)

Cobertura                     (B)                                                       Regular             (R)

Interior                         (B)                                                       Péssimo            (P)

Portas e Janelas            (B)

Dados Históricos: Quando a Vila de Tabocas foi elevada à categoria de cidade a 28 de julho de 1910, algumas áreas de terras da recém-criada cidade eram constituintes do patrimônio imobiliário municipal da cidade. Dentre essas áreas existia uma, especialmente nas imediações da Praça Domingos Lopes, hoje Praça Adami, com mais ou menos três metros de largura em confluência com a Rua J. J. Seabra, onde seria erguido o imóvel.

Ao lado deste terreno baldio , existia um prédio constituído de uma parte térrea e de um pavimento superior (1º andar), denominado “MIBANO”, pertencente ao comerciante libanês, o Sr. Isaac Elias Grimann,, onde funcionava o Bar Paris. Anteriormente, este imóvel pertenceu ao Espólio do Sr. João Pedro de Souza Leão que eram aforados sendo posteriormente titulados pela Prefeitura Municipal de Itabuna. Várias áreas do Patrimônio Municipal foram legalizadas, sendo tituladas e vendidas a diversos comerciantes neste período urbano, no final da década de 1930.

Em 7 de março de 1914, este imóvel fora Declarado de Utilidade Pública pelo Decreto de Lei Municipal de nº 07, visto com a sua demolição, se impõe em obediência, no plano de alargamento das Ruas J. J. Seabra e 7 de Setembro.

Por conseguinte, o Sr. Isaac Elias Grimann obriga-se a proceder a sua demolição por conta própria e obedecendo a todo o regulamento e posturas municipais que regem o assunto, construindo no seu lugar, uma nova edificação, cuja planta seria oportunamente submetida à aprovação da Diretoria de obras e que obedeça ao novo alinhamento da Rua J. J. Seabra.

Em 9 de junho de 1945, esta área retomou ao Patrimônio Municipal sendo registrado sob o n0 de ordem 1024 no 1º Cartório de Imóveis de Itabuna, Ottoni Silva, sendo representado pelo Sr. Prefeito Municipal Dr. Francisco Ferreira da Silva.

Neste mesmo ano, o comerciante e agricultor Abdalla Themmer Habib, adquire este terreno e constrói um imóvel constituído de três pavimentos sendo registrado e averbado sob nº 12.867, conforme requerimento despachado pela Diretoria de Obras Públicas deste município.

Em 1951 o Banco Econômico da Bahia S.A., com sede na capital do Estado, sendo representado pelos Srs. Mário dos Santos Padre e Clodoaldo Reis, ambos moradores desta cidade, compra-o do Sr. Abdalla Themmer Habib, este prédio, escriturando-o no l~’ Tabelião do l~ Oficio Quintino Menezes em 4/7/51.

De posse do imóvel, o Banco Econômico da Bahia S.A., efetua a demolição do prédio e dá início à construção de um edifício que abrigará a sede da instituição bancária, constituída de um pavimento térreo, uma sobreloja e mais três andares, com sete salas por andar onde posteriormente serão ocupadas por profissionais liberais, tais como: médicos, advogados, odontólogos, contabilistas.

Em 28 de julho de 1953 foi inaugurado o edifício do Banco Econômico da Bahia S.A., que foi denominado de Edifício Comendador Firmino Alves devido ao fato que neste dia, a cidade de Itabuna estava comemorando o seu 430 aniversário de Emancipação Política e no programa em homenagem ao Dia da Cidade, a inauguração deste edifício era destaque para a região grapiúna.

Com uma programação especial, devido ao fato das comemorações do dia da Cidade, a direção do Banco Econômico esteve presente no ato inaugural com uma comitiva de quarenta pessoas provenientes da capital do Estado da Bahia.

Na inauguração usou a palavra o Sr. José Nunes de Aquino, itabunense, descendente direto dos primeiros desbravadores deste terra, falando da importância do evento.

Em seguida, o Dr. Corbiniano Freire, agradeceu aos presentes e a Diretoria do Banco Econômico pela homenagem prestada ao seu avô, o Comendador José Firmino Alves “fundador da cidade de Itabuna”, dando nome ao edifício recém-construído.

Dando continuidade às comemorações, o prefeito municipal de Itabuna, o Sr. Miguel Moreira, cortou a fita simbólica, várias personalidades locais usaram da palavra, o Bispo Diocesano de Ilhéus, D. João Costa Rezende fez breve e eloqüente oração sobre o ato, lançando a benção sobre o edifício.

Concluídas as solenidades, “a direção do banco convidou os presentes a visitarem internamente o edifício, em seus andares superiores, que contam com um apartamento, destinado aos seus diretores, quando em vista a esta cidade e de salas destinadas ao aluguel, estando todas já alugadas”. (O Intransigente, nº 39 de 29/07/1953).

As comemorações estenderam durante todo o dia, visto que, ao meio dia foi servido um almoço no Grapiúna Tênis Clube e à noite no Itabuna Clube o grande Baile à altura dos comemorações festivas do Dia.

O Edifício Comendador Firmino Alves foi construído durante um período de dois anos sob a direção e supervisão da firma Irmãos Oldebretch, de Salvador -BA, tendo construído também o prédio do Cel. Oscar Marinho Falcão.

Um detalhe importante, este edifício foi o primeiro a possuir elevador sendo o pioneiro na comunidade itabunense em termos de bem público.

O Banco Econômico funcionou neste prédio até 28 de julho de 1978, quando foi transferido 28 de julho de 1978, quando foi transferido para a Praça Siqueira Campos.

Em agosto de 1978, instalou-se no Edifício Comendador Firmino Alves, a Casa Forte, um sistema de poupança, vinculado ao Banco Econômico permanecendo até 1986, quando houve a fusão da Casa Forte com o Banco, em outubro de 1992.

De 1992 a 1995 a Casa Forte permaneceu neste prédio acoplada ao Banco Econômico, quando ocorreu a intervenção, fechando-o.

Num período de 2 anos, este espaço ficou desocupado e, algumas vezes funcionou com exposições de artesanatos locais, entre 1995 e 1998.

Em 6 de julho de 1999, sob o registro 3.16.966, o Banco Excel (ex-Banco Econômico), através de Liquidação Extra-Judicial (Lei 6.024/74), tendo como representante o Sr. Flávio Cunha, vende o imóvel à empresa Coluna Patrimonial Ltda., de Vitória da Conquista, sob escritura de Notas do 6º Oficio de Notas da Comarca de Salvador/BA, Livro 706, Ordem 42.532, Folhas 138, DAJ. 151.432 e sendo averbado sob nº de Ordem 16.976 nesta cidade de Itabuna- BA.

Atualmente funciona unia loja de eletrodomésticos e móveis, sob a denominação “DUKEL - Eletrodomésticos”, que em 01 de abril de 2000 fundiu-se com as lojas Insinuantes.

 

Material empregado na construção: para a construção deste imóvel, foram utilizados os seguintes materiais:

 

A) ESTRUTURA: concreto, tijolos, madeira, pedra, cimento, ferro, brita, gravilhão, areia

fina e de barranco.

B) ESQUADRIAS: ferro, alumínio, vidro, madeiro e aço.

C) PISOS: tacos, mármore, granito, cimento, areia, gravilhão, cerâmica.

D) REVESTIMENTO EXTERNO: óleo, pastilha, tinta, madeira, massa plástica, azulejo, cerâmica e cimento.

E) REVESTIMENTO INTERNO: fios, azulejos, cerâmicas, massa plástica, cimento tinta, pastilha, tacos, madeiras.

 

Restaurações: Este prédio jamais foi restaurado pois, o seu estado de conservação é bom devido ao fato da utilização de um material de primeira qualidade na sua construção funcional, moderno, que ainda não completou meio século de construído.

O síndico anterior do condomínio, o Sr. José Félix Portela dos Santos, fez a sua manutenção limpando-o, removendo a sujeira, pintando-o em junho de 1997. Neste mesmo período, trocou o piso de entrada do prédio de mármore branco por granito. Os vidros e esquadrias de alumínio que dava acesso ao térreo (ex-Banco Econômico) foi removido colocando portas de feno. E a porta principal que dava acesso ao banco (vidro fumê), foi retirada e colocada no lugar onde encontra-se o elevador que dá acesso aos andares superiores.

 

Características especiais: Em sua edição de nº 93 de 29 de julho de 1953, o jornal” O Intransigente” fez uma reportagem alusiva ao dia da emancipação política da cidade de Itabuna e no programa das comemorações foi inaugurado o Edifício do Banco Econômico da Bahia, um empreendimento arrojado para o município de Itabuna e toda a região cacaueira.

Este edifício contém uma característica especial, devido à existência de um painel referente à Lavoura Cacaueira em Produção de Grão; onde encontra-se toda a técnica processo da cultura do cacau no torrão grapiúna. Desde o plantio, colheita, corte, embandeiramento, secagem e transporte nos é mostrado neste painel onde retrata o cotidiano de uma fazenda de cacau na região sul da Bahia.

Localizado na faixa oeste do edifício, este painel encontra-se incrustado na lateral direita do prédio; perfazendo um total de 23,25 m2 de azulejos (15X 15), sendo circundado por uma moldura (esta moldura do mesmo azulejo de 0,5 cm).

Estes azulejos estão assim distribuídos:

 

      38 azulejos inteiros na vertical

      26 azulejos inteiros na horizontal

      76 azulejos inteiros na cortados na vertical (0,5 cm)

      52 azulejos inteiros na cortados na horizontal (0,5cm)

Total de azulejos inteiros:      988

Total azulejos cortados:         128

Total de azulejos:                 1.116

 

 

Obs.: O estado de conservação do painel é razoável devido à ação do tempo, como também dos danos causados pelos transeuntes, ambulantes, camelôs, pelos artesãos de faixas, e ainda pelo descaso dos órgãos competentes que não tem a preocupação de conservá-los.

Haja visto que estão danificados seis azulejos e nove caíram.

 

Característica do azulejo: este painel foi montado a 17 cm de altura do passeio, sendo constituído de azulejo branco, pintado em esmalte, sendo idealizado e composto pelo artista plástico baiano Genaro de Carvalho nas oficinas da Osiarte, São Paulo, em 1953, contando com a colaboração do artífice alemão, chamado Uddo, sendo executor e conhecedor da técnica de cozimento da cerâmica.

 

Conservação do Painel: construído no início da década de 1950, este painel encontra-se em estado de conservação regular. Atualmente denota a existência de perfurações em toda a sua extensão de brocas, pregos, parafusos, sujo de cola, coma fuligem do asfalto, alguns azulejos encontram-se fissurados, outros em estado de desfiguração, num aspecto visual desagradável. Constantemente são afixados cartazes de campanhas políticas, faixas de propagandas para diversos fins.

Vale a pena ressaltar que este painel fica em parte escondido, devido ao fato de existir urna banca de revistas do seu lado direito como também um poste, tomando assim sua visibilidade.

 

Antônio Genaro de Carvalho: Baiano de Salvador, Genaro de Carvalho, como foi conhecido, transferiu-se muito cedo para o Rio de Janeiro. Foi discípulo de Henrique Cavaleiro e mais tarde em Paris, na Escola Superior de Belas Artes, onde foi aluno de André Lhote.

Em 1945, realiza a primeira exposição individual na Associação Brasileira de Imprensa tomando-se um expositor permanente.

Quatro anos depois, ou seja, em 1949, viaja novamente para a Europa, graças a uma bolsa de estudos recebida do governo francês. Fez várias exposições importantes em Paris, como a do Salão de Maio e a do Salão de Outubro.

Posteriormente, confecciona a sua primeira tapeçaria “Plantas Tropicais”. Retoma à Europa, onde visita vários países, regressando ao Brasil no ano de 1950 a tempo de participar da 1 Bienal de São Paulo.

Já nessa época tinha se firmado como pintor, participando de inúmeras exposições em Paris.

Saiu-se vitorioso na 1 e III Bienal de Arte em 1951 e 1955 em São Paulo. No museu de Arte Moderna de São Paulo, expôs um trabalho intitulado “50 anos de paisagem brasileira”.

Na década de 1960 os seus trabalhos atinge seu ápice, tanto que em 1964, no Festival Brasiliana no Commercial Muesum of Filadelphia, U.S.A., se fez representar com trabalho de tapeçaria. Em 1966 na II Bienal de Artes Plásticas de São Paulo e Rio de Janeiro.

Três anos depois, ou seja, em 1969, expõe em Londres, na Caming House, pela primeira vez, suas pinturas da série “Mulata”. Dono de um estilo próprio, caracteriza-se apresentando um relevo linear esquematizado, formado de planos colorísticos de fortes contrastes; sua temática desenvolveu pelo terreno da flora e da fauna, apresentando notáveis trabalhos, não só pelo aspecto alegre e contrastante de suas composições, como, principalmente, pela exata disposição das linhas e dos planos que estilizados compõem os seus desenhos. Suas obras de arte estão espalhados entre inúmeras coleções particulares e em grande número de museus, no Brasil e no exterior - Faleceu aos 45 anos de idade em 1971 em /salvador - Bahia, deixando um rico legado em termos de Artes Plásticas, inclusive este painel “uma alegoria à lavoura cacaueira” , no Edifício Com. José Firmino Alves, 5000 - Centro/Itabuna-Bahia.

 

Ambiência:

 


Detalhes que mereçam relevância:

 

 

 

Laterais:

 

[

 

 

 

Dados jurídicos:

Propriedade:                         Pública (   )
                                   
Privada (X)

 

Proprietário: Coluna Patrimonial Ltda..

Bibliografia Básica:

 

1.   Fontes Primárias:

 

1.1- Cadastro Imobiliário da Prefeitura Municipal de Itabuna - Sr. Gérson Silva.

1.2- Cartório Imobiliário do 1º Oficio de Itabuna de Registro de Imóveis Sr. José Carlos dos Santos.

1.3- Depoentes:

 

- Célio da Rocha Franco

- João França Santana

- José Roberto Nucci

- José da Silva Matos

- Kadma Soares Santos

 

1.4- Fontes Hemerográficas

- O Intransigente n.º 93 de 29/07/1953

 

2. Referências Bibliográficas

- COELHO, Antônio Alves. Contribuição ao Estudo das Artes Brasileiras. Quatro Artistas Baianos. Publicação Salvador-BA n.º 53, 30/01/1969.

- MENDES, Helena. Fatos e Fotos de Itabuna. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1968.

- Revista ARTE NOS SÉCULOS n.º 88. Abril Cultural, Editor Victor Civita, SP.

Obs. Anexar negativos das fotos.

 


 

Estado: Bahia

Município: Itabuna

Distrito: Itabuna

Endereço: Rua Barão do Rio Branco. 19 – Centro.

Denominação:

 

Cadastro Imobiliário nº: 04 434 - Prefeitura Municipal de Itabuna.

Informações Espaciais: localizado à Rua Barão do Rio Branco, 19 - Centro, com as seguintes dimensões: 7,80 m de frente e de fundo, tendo 44,95 m nas suas laterais. Pela lateral direita limita-se com o imóvel pertencente ao Sr. José Carlos Braitt Carmo e pela esquerda com a residência do Sr. Alfredo Lima Dantas.

Utilização Atual: Residência

Área Construída: 217,08 m2

Área Total: 350,61 m2

Descrição da Construção: Imóvel assobradado com características arquitetônicas neoclássicas no estilo europeu, esta edificação mostra-nos um bom gosto e sensibilidade pelo seu construtor. A entrada principal que dá acesso ao prédio é constituída por um portão de ferro dando para um pátio que é, em alguns trechos, formado por canteiros onde existe vegetação. Coberta de telhas, paredes de tijolos, contendo na parte térrea dois janelões de frente, duas janelas laterais e duas portas na parte superior, dois janelões de frente e três janelas laterais, quatro janelas laterais e um respectivo cômodo interno. Com três pavimentos esta residência encontra-se assim distribuída: no térreo há salas de visita, jantar, banheiros, cozinhas, copa, dispensa, área de serviço toda circundada de um pátio formando assim o quintal da residência. No 1º andar existem três dormitórios e na torre outro dormitório (em forma de sótão).

Estado de Conservação:

Estrutura                       (B)                                                       Bom                 (B)

Cobertura                     (B)                                                       Regular             (R)

Interior                         (B)                                                       Péssimo            (P)

Portas e Janelas            (B)

Dados Históricos: Inicialmente propriedade do Sr. Tufic Maron, falecido em 1944, este imóvel foi herdado por sua viúva D. Edith Moreno Maron e as suas quatro filhas: Ivanise, Carol, Marion e Simone.

Durante os anos de 44 a 46, quando foi concluindo o inventário, procedido no Juízo da Comarca de Itabuna, cujo feito foi julgado por sentença do Juiz de Direito Dr. José de Souza Dantas, em 19/08/46, passou esta casa residencial a ser incorporada ao patrimônio do Sr. Gaby Simões dos Santos, casado com Simone Maron Simões, portanto, genro do Sr. Tufic Maron e sendo averbada em 15/10/51 no cartório da 18 Circunscrição de Itabuna por Ottoni José da Silva.

Em 1963, este imóvel foi vendido para o Sr. Cícero Menezes de Souza, tendo como procurador o Sr. Othon de Lima Dantas, sob título de Compra e Venda, com escritura lavrada no 20 Tabelião desta Comarca, João da Silva Ribeiro em 11/07/63, sob nº de ordem 19. 364.

De posse do imóvel, o Sr Cícero Menezes de Souza fez uma doação á sua esposa, Sra. Alaíde Marques Leão (D. Bebeca) e seus três filhos menores: Mª do Socorro, Anísio e Renato Afonso, com escritura lavrada no 1º Tabelião desta Comarca, Wilson de Oliveira Lima em 26/09/69 e sendo registrada sob nº de ordem 23. 418 de 29/09/69.

Atualmente a Sra. Alaíde Marques Leão é quem reside no imóvel, mantendo um pensionato para jovens universitários.

Material empregado na construção: Base em alvenaria de pedras, paredes de tijolos, teto protetor de maneira usual, com telhado, pisos dos 1º e 2º pavimentos em assoalho ou tábuas corridas, banheiros com azulejos, pátio de lajota, cozinha, dependências de empregados com telhado (parte dos fundos isto no térreo).

Restaurações: Este imóvel sofreu poucas modificações, conservando a sua estrutura original até os dias atuais. O pátio que dá acesso e circunda o imóvel era anteriormente calcetado, foi mudado para lajota, fato esse ocorrido no final da década de 1970.

Características especiais: Com relação as características especiais, a residência da Sra. Alaíde Marques Leão sobressai pela sua fachada imponente, onde uma torre toda decorada no perímetro do seu topo com balaustradas é o destaque. As janelas e janelões são de vários estilos, com formas variadas em arcos e retangulares em vários tamanhos. Além dessas características citadas existem os contornos em alto relevo ao redor dos janelões, janelas e portas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fachada Principal:

 

 

Ambiência:

 

 
Interior:

 

 

 

 

 

 

Detalhes que mereçam relevância:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fachada Posterior:

 

 

 

 

 

Laterais:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Dados jurídicos:

Propriedade:                         Pública (   )
                                   
Privada (X)

 

Proprietário: Alaíde Marques Leão

Bibliografia básica:

 

1. Cadastro Imobiliário da Prefeitura municipal de Itabuna.

 

2. Depoimentos:

 

2.1. Simone Maron Simões

2.2. Alaíde Marques Leão

2.3. Turmalina Franco

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

Estado: Bahia

Município: Itabuna

Distrito: -

Endereço: Rua Mi uel Calmon, nº 157 – Centro

Denominação:

 

Cadastro Imobiliário nº: 1720 - Prefeitura Municipal de Itabuna.

Informações Espaciais: localizado à Rua Miguel Calmon, nº 157 (ex-29)- Centro, em confluência com a Rua D. Pedro II, Centro, na cidade de Itabuna, tendo toda a sua estrutura voltada para a sua lateral esquerda, este imóvel tem as seguintes dimensões: 6 m de frente, 7,30 m pelos fundos, lateral esquerda medindo 17 m dando para a Rua D Pedro II e pela lateral direita mede 16,40 m confrontando com imóvel pertencente aos herdeiros da família do Sr. José Mota Lins.

Utilização Atual: Desocupado

Área Construída: 111, 05 m2

Área Total: 111,05 m2

Descrição da Construção:. Cadastrada sob o nº 29, pelo Cadastro Imobiliário da Prefeitura Municipal de Itabuna,, esta casa foi concluída em 1924, em terreno próprio, com duas janelas de frente, uma porta de entrada. Construída em alvenaria, com sala, corredor, três quartos, cozinha e instalações sanitários, contendo 09 janelas na sua lateral esquerda em confluência com a Rua D Pedro II e a sua cobertura visual em forma de telhado.

O piso do banheiro é em ladrilhos, as paredes são azulejadas, uma parte da casa tem paredes, o piso em formi-piso (sala), dois quartos em cerâmica, um quarto e o corredor taqueado. O teto é forrado de madeira simples, sem nenhum adorno.

Estado de Conservação:

Estrutura                 (R) Bom (B)

Cobertura                (R)                                                           Regular (R)
Interior                     (R)                                                           Péssimo (P)
Portas e janelas        (R)

Dados históricos: Considerada como patrimônio Histórico Cultural da cidade de Itabuna, devido uma arquitetura simples e peculiar, este prédio merece um estudo mais aprofundado devido ao fato de ter sido residência de um do mais proeminentes professores de Itabuna, o Professor Ewerton Alves Challoupp. Quando a construção foi concluída em 1924, pelos Srs. Pedro Fernandes da Rosa e Alípio Fernandes da Rosa, esta casa residencial não obedecia as normas do Código de Posturas do Município de Itabuna, i. é, não existiam serviços de água e esgotos, Registro de Imóvel, Escritura e Averbação da casa junto ao Cartório de Registro de Imóveis do 1” Imóvel. Durante um período de 1924 a 1931, no imóvel residiram os proprietários iniciais e outros inquilinos, as famílias dos senhores:

José Joaquim de Jesus, Joviniano de Oliveira, Álvaro Andrade e José Gonçalves Prata. Em 19/01/1931, sob o nº de ordem 742, o Sr. Augusto Andrade adquiriu o referido imóvel por efeito de Carta de arrematação em Hasta Pública, transcrita no Reg. de Imóvel de Itabuna, Livro 3-G, ordem 742, Fl.1 10, tendo como oficial o Sr. Jorge Constantino Grego e finalmente averbada em 12/12/1931, 2º Coletoria R.ª 622.380, legalizando assim, a sua documentação.

Com o falecimento do Sr. Augusto Andrade, em 1956, seus bens foram inclusos no Espólio da família e feito o inventário e o Formal de Partilha, isto em 16/06/56, sob o

de ordem 16.595, pag. 21 do Livro 3 -R em 17/07/1959. A sentença foi proclamada em 16/06/56, julgando procedente a partilha dos bens deixados pelo falecido, os seus filhos:

Antônio, Aroldo , Afrânio, Alberto e Armando, foram os herdeiros.

Por morte da viúva D. Zilda Brandão Andrade, esposa do Sr. Augusto, o imóvel fica para o Sr Alberto Andrade. Por doação o Sr. Alberto Andrade passou a propriedade para a sua esposa, Prof.ª Maria Palma Andrade.

Material empregado na construção: Base em alvenaria de pedras, paredes de tijolos, teto forrado de madeira, telhas, ladrilhos e azulejos, cerâmica, madeira, vidro, areia de barrando e cimento.

Restaurações: A primeira foi realizada em 1952, quando foi removido o piso, todo em tijolinho, tendo sido taqueado todos os cômodos do imóvel e colocadas as instalações sanitárias, elétrica, água e esgoto, antes inexistentes. Na década de 1980 houve uma reforma total, o teto foi forrado de madeira, novamente o piso foi mudado. Na sala de vistas foi aplicado formi-piso, o taco no corredor e em um quarto foi conservado, nos dois primeiros quartos colocaram o piso em cerâmica.

Características especiais: As Características espaciais deste imóvel existem no derredor do seu telhado, onde vemos uma alvenaria desde da sua lateral direita até os fundos do prédio. Esta alvenaria tem alguns adornos em semi-arcos, colunatas, arabescos, cantoneiras, rosáceas, pingentes de maneira simples, demonstrando alguns estragos, mostrando assim um estado razoável de conservação.

Outra característica que merece ser mencionada: os frisos no alto das janelas laterais e da porta principal.

 


Fachada Principal:

 

 

 

 

 

 

Ambiência e Lateral:

 

 

 


Interior:

 

 

 

 

 

 

 

Detalhes que mereçam relevância:

 

 

 

Dados jurídicos:

Propriedade:                         Pública (X)
                                   
Privada (   )

 

Proprietário: Patrominial Augusto Andrade e Maria Palma Andrade

Bibliografia básica:

 

1. Cadastro do 1º Ofício de Imóveis José Carlos Santos Souza

 

2. Depoimentos:

 

2.1. Alberto Brandão de Andrade

2.2. José França Santana

2.3. José Carlos dos Santos (Carlito Alemão)

2.4. Marília Pereira Lima

 

Obs.: Anexar negativos das fotos.

 


 

Estado: Bahia

Município: Itabuna

Distrito: Sede

Endereço: Av. Cinqüentenário, s/n - Centro - Itabuna/BA

Denominação:

Santuário Santo Antônio

Cadastro Imobiliário nº 1.795 - Prefeitura Municipal de Itabuna

Isento de IMPOSTO Predial: Entidade Lei 1. 328 de 02.01.85

Informações Espaciais: A Capelinha de Santo Antônio encontra-se localizada à Av. do Cinqüentenário, s/n - Centro, Itabuna - Bahia, tendo como limites pela lateral direita a sede do antigo prédio do INSS - CAE II, na lateral esquerda a casa comercial São Judas e pelos fundos o Colégio Divina Providência.

Utilização Atual: Templo católico

Área Construída: 117,72 m2

Área Total: 117,72 m2

Descrição da Construção: Construída em cimento armado e tijolos, com base em alvenaria. A imóvel possui uma porta principal ligeiramente arqueada, ladeada por duas colunatas, com terminações pontiagudas e duas portas laterais que também dão acesso ao templo. Na parte superior da porta principal contém três círculos em treliças, o maior ao centro e dois menores de cada lado. Nas colunas maiores em cada lateral, existem terminações pontiagudas e nessas terminações existem uma variedade de formas. Entre as colunatas que estão localizadas ao lado da entrada principal, existem 2 aberturas com treliças de cada lado. O Campanário em madeira, ladeado de duas colunatas e na sua parte superior há uma cruz de madeira.

O piso é todo em lajota decorada, as paredes são lisas e o teto não tem nenhuma decoração e é em pré- moldado, as oito colunas interiores de sustentação são revestidas por mármore. Possui um coro também em cimento armado , com 2 m de altura e balaustradas.

Estado de Conservação:

Estrutura                  (B)                                                           Bom          (B)
Cobertura                (B)                                                           Regular      (R)
Interior                     (B)                                                           Péssimo     (P)
Portas E Janelas       (B)

Dados Históricos: A construção da 1ª Igreja de Itabuna é datada de 1906, sendo uma inspiração dos senhores Cherubim José de Oliveira, Joaquim Batista de Oliveira, Serafim Bonfim, Comendador Firmino Alves, Ramiro Nunes Aquino e outros.

Quando em 1908 foi criado o Curato de São José, esta Igreja passou a ser a matriz de Itabuna, sendo ali instalados todos os utensílios e ornamentos inerentes a sua condição provisória. Tal situação durou até 1913, quando foi sagrada a nova Matriz de São José, construída na praça Olinto Leone.

Em 1913, este templo religioso foi incorporado ao patrimônio da Sociedade São Vicente de Paula. De 1913 até 1931, esta Igreja teve papel de destaque na comunidade local lá foram realizadas diversas cerimônias religiosas e outras atividades, mesmo não sendo Matriz.

Quando a Igreja Matriz de São José desabou em 1943, proveniente de uma reforma realizada em 1914 pelos engenheiros Aristarco Teixeira de Almeida e Adelson Rayol dos Santos, voltou a Capelinha a ser novamente a Igreja Matriz de Itabuna até 1958.

Em 1958, com a conclusão da nova Igreja Matriz de São José, localizada à Praça Tiradentes, hoje Laura Conceição, novamente a Capelinha voltou à sua condição de 1ª Templo católico de Itabuna.

Material empregado na construção: paredes de tijolos, base de alvenaria de pedra, lajes pré-moldadas (depois das sucessivas reformas), teto um apartamento (após reformas), protegendo com eternit, piso de cerâmica, utilização de gradil no pequeno coro existente (interior do Templo), acima da entrada.

Material empregado na construção: paredes de tijolos, base de alvenaria de pedra, lajes pré-moldadas (depois das sucessivas reformas), teto um apartamento (após reformas), protegendo com eternit, piso de cerâmica, utilização de gradil no pequeno coro existente (interior do Templo), acima da entrada.

Restaurações: Em 1931 foi realizada a 1ª restauração total na estrutura interna e externa do Templo, a pintura antes azul passa a ser amarelo. O teto que de madeira foi substituído por um novo.,

Em 1961, na sua 2ª reforma, a Igreja foi ampliada para o C.D.P. Nesta reforma tomou nova pintura, (externa e interna) modificando todos os altares e o coro também.

Novas reformas foram realizadas no ano de 1975, mudando toda a sua estrutura física, pois o C.D.P reivindicou uma área da Igreja. Assim, o seu espaço foi reduzido. Bateram uma laje pré-moldada, construindo um apartamento para o pároco. A sua fachada sofreu alterações, pintura, dando aspecto funcional.

De 1975 a 1981, funcionou este templo em estado precário mesmo estando em fase de construção. A população local, não gostou da reforma devido à alteração da fachada..

Todavia, em 1984, nova reforma na fachada, reconstitui as formas originais.

Após esta última reforma, esta Igreja foi elevada a condição de Santuário passando a pertencer a Paróquia de S. Judas Tadeu.

Em setembro de 1999, a fachada recebeu uma nova pintura em tom pastel, dando assim um toque de limpeza na sua frontalidade.

Características especiais: Na sua fachada, os ornamentos existentes como: porta arqueada, pilastras nas laterais, na porta principal, três círculos em treliças após as colmatas existem duas aberturas de forma cilíndrica em treliças. No alto, duas colunatas pontiagudas, embelezam a sua fachada. O Campanário não está no seu estilo original, foi modificado.

 


Fachada Principal:

 

 

 

 

Ambiência:

 

 

 

 

Interior:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Detalhes que mereçam relevância:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Curiosidades:

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                      Pertencem ao Sr. Celso Fontes Lima e sua esposa, Dália Fontes Lima

 

Dados jurídicos:

 

Proprietário:    Sociedade São Vicente de Paulo

Propriedade:                          Pública (X)
                                             Privada (  )

 

Proprietário: Sociedade São Vicente de Paulo

Bibliografia básica:

 

José Dantas Andrade documentário

 

Fontes Originais:

 

Moacir Garcia de Menezes

Hermita Alves dos Santos

José Félix dos Santos

Doralice do Valle Brito

OBS.:  Anexar negativo das fotos.

 


 

Estado: Bahia

Município: Itabuna

Distrito: Sede

Endereço: Rua São Vicente De Paulo, 152 - Centro, Itabuna / BA

Denominação: Sociedade São Vicente de Paulo.

Cadastro Imobiliário n.º 1.618 - Prefeitura Municipal de Itabuna

Informações Espaciais: Localizada à Rua São Vicente de Paulo, nº 152, o prédio onde funciona o Colégio Divina Providência, pertencente à Sociedade São Vicente de Paulo está situado no centro da cidade de Itabuna, próximo à Praça José Bastos e tendo como limites: lateral direita = Edifício União Comercial, sede da Associação Comercial de Itabuna, pela lateral esquerda - residência dos herdeiros do Sr. José Maron., pelos fundos o Santuário de Santo Antônio e na frente, pelo prédio que funciona a Cesta do Povo.

Utilização Atual: Colégio Divina Providência

Área Construída: 1.030,31 m2

Área Total: 1.030,31 m2

Descrição da Construção: Imóvel com três unidades sendo duas com dois pavimentos, área de lazer, quadra de esportes, auditório, cantina, salas de aula e biblioteca. Inicialmente quando da sua inauguração, o imóvel era composto de: secretaria, Hall de entrada. três salas de aula no térreo, e no primeiro pavimento funcionava o internado feminino e a clausura das freiras da Congregação de Santa Catarina de Sena. Também existiam duas salas de aulas em outro imóvel no perímetro interno do Colégio.

Estado de Conservação:

Estrutura                  (B)                                                           Bom          (B)
Cobertura                (B)                                                           Regular      (R)
Interior                     (B)                                                           Péssimo     (P)
Portas E Janelas       (B)

Dados Históricos: Por iniciativa do Monsenhor Moysés Gonçalves do Conto, 1º Vigário da Paróquia de São José, de Itabuna, foi fundada a Sociedade de S. Vicente de Paulo em 30/11/1913, instituição mantenedora do Colégio Divina Providência. No ano seguinte, foi fundada a Conferência de Santo Antônio, com sede na capela anexa ao colégio, com frente para a rua J.J. Seabra.

Quando a Sociedade São Vicente de Paulo comemorava o seus cinco anos de funcionamento, em 30/11/1918, foi colocada a 1º pedra fundamental do pavilhão principal.

Em dezembro deste mesmo ano, foi concedido uma licença para a edificação da Capela de Santo Antonio, nos fundos do Colégio e um edifício destinado a amparar as crianças pobres do município, conforme Portaria de 25/11/1918.

Dr. Oscar Silva Lima foi o executor da planta das obras. Em agosto de 1919, foi concluído o primeiro pavilhão destinado a educação feminina. Assim sendo, o Conselho Particular da Sociedade de 5. Vicente de Paulo, recebeu do Revm0 Monsenhor Moysés Gonçalves do Conto, uma correspondência transcrita no relatório da Sociedade no ano de 1920, com seguinte teor:

“Está no domínio de alguns dos membros desse Conselho o meu plano de fundação de um cinema que seja escolha de móvel e que o resultado reverter em prol das obras Pias

Contando com a colaboração de doações diversas e algumas verbas de benefícios da comunidade itabunense, foi inaugurado o Cine Recreio Vicentino, sob a benção do Sr. Bispo Diocesano, que veio de Ilhéus, passando a funcionar num espaço próximo aos fundos da capela de Santo Antônio, onde também funcionava um teatro de pequeno porte.

Em 15 de julho de 1921, o Cine Recreio Vicentino foi arrendado à empresa “A Moreira “ de Ilhéus, sendo extinto em 1923 e seu mobiliário e utensílios cinematográficos vendido ao Sr. Antônio José da Silveira, proprietário do Cine Ideal, em Itabuna.

Com a presença do vigário da paróquia, as solenidades de inauguração do Colégio Divina Providência, à cargo dos Irmãos da Congregação de igual nome, tendo como Diretora, a Irmã Eurásia do 5. 5. Sacramento., ocorreu em 08 de abril 1924.Em julho deste mesmo ano, o colégio recebeu subvenções financeiras do Governo Estadual para ampliação do imóvel. Em 7 de setembro de 1925, aconteceu um Festival com o objetivo de arrecadar fundos em prol das Obras Vicentinas, para mais uma ampliação do Colégio.

As obras de ampliação do colégio continuaram até 1926, para que funcionasse no colégio o regime feminino de internato e semi-internato. Inclusive, aceitavam meninas órf~.s como internas. Neste mesmo ano, os Vicentinos assinam convênio com as religiosas da Congregação de Santa Catarina de Sena para que ministrem o ensino primário e secundário. As obras prosseguiram, e para tanto necessário se fez tomar novos empréstimos no ano de 1928, bem como a realização de um grande Festival sob o patrocínio das Senhoras de Caridade de Itabuna.

Quando as obras do prédio estavam em fase de conclusão, em abril de 1929, chegou a Itabuna a Revmª Superiora das Religiosas de Santa Catarina para inspecionar o edifício e acertar a data da abertura e funcionamento do colégio.

Finalmente, a 16 de fevereiro de 1930, o Educandário da Divina Providência foi inaugurado solenemente, funcionando num conjunto de três pavilhões.

No final de 1939, a Sociedade de. São Vicente de Paulo conseguiu por intermédio do então Delegado Escolar Sr. Aziz Maron, a devida autorização para o funcionamento do curso ginasial. Todavia, as religiosas pretendiam a doação do prédio do colégio à Congregação, não obtendo sucesso com as suas pretensões, rescindiram o contrato com a Sociedade em 22/02/41.

A partir de então, foi organizado um Conselho Deliberativo para o “Ginásio da Divina Providência”, composto do Prefeito Municipal, do vigário da Paróquia, três membros da sociedade de São Vicente de Paulo e contando com a participação da Diretora do Primário, D Anita.

O curso ginasial foi instalado em dezembro de 1942, sendo sua a diretora a Professora Anita Gondim Dias, que veio de Salvador. A professora Mª Rita de Almeida Fontes a sucedeu em 1943. No ano seguinte, professora Lindaura Brandão tomou posse como diretora do Ginásio.

Em fins de 1946, o colégio atravessou uma crise financeira, então a Sociedade de São Vicente de Paulo, resolve arrendá-lo por dez anos ao Dr. Aziz Maron, ficando o arrendatário com a

obrigação de conservar o prédio e manter gratuitamente 50 alunos indicado pela S. S. Vicente de Paulo.

Quando o contrato venceu à 18/10/56, a Sociedade reassumiu a posse e administração do colégio, mantendo na direção a professora Lindaura Brandão Oliveira por quase quatro décadas (1944- 1981).

Com setenta e cinco anos de existência o CDP tem contribuído culturalmente na formação da elite sócio-cultural e política regional. Atualmente sua direção está a cargo da professora Mercedes Oliveira Suzart.

 

 

 

 


Fachada Principal:

 

 

 

 

Interior:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Detalhes que mereçam relevância:

 

 

 

 

 

Laterais:

 

 

 

 

 

 

Dados Jurídicos:

 

Propriedade:                             Pública (X)

                                                Privada (   )

 

Proprietário: Sociedade São Vicente de Paulo.

Bibliográfica Básica:

 

Depoentes:

 

Litza Mary Modesto Câmara

Elza Cordiêr Monstans

Maria Rita de Almeida Fontes

 

Estatutos da Sociedade São Vicente de Paulo.

 


  Relatório do Projeto de Pesquisa Levantamento do Patrimônio Histórico-Cultural da Área de Inserção da UESC – 1999/2000. Equipe: Prof. Aurélio Farias de Macedo, Profª. Janete Ruiz de Macedo e João Cordeiro de Andrade – bolsista PIBIC/CNPq.